Pouco passava das 6h30 da matina, quando no caís dos bacalhoeiros apenas o roncar da máquina de EB do Praia de Santa Cruz denunciava que era cedo de mais para as normais reparações no navio. A fraca iluminação à ré, bem como as vigias na zona da casa da máquina bem iluminadas davam outra vida ao velho navio, que com a ajuda da tripulação se preparava para regressar aos mares do Norte.
Não havia tempo a perder, por volta das 7h, na ponte, ligavam-se os computadores, bem como todos os sistemas de navegação, e aparelhos de comunicação VHF.
Não havia tempo a perder, por volta das 7h, na ponte, ligavam-se os computadores, bem como todos os sistemas de navegação, e aparelhos de comunicação VHF.
Minutos depois a calma acabaria, pois com a chegada da restante tripulação, as despedidas e arrumações de malas, o caís passaria a ser um local mais atribulado e carregado de emoções.
Tal como previsto, às 8h em ponto o piloto estava a bordo. Rapidamente soltaram-se as amarras, e lá o "Salinas de Aveiro" rebocou o Praia para meio do canal. O som profundo das duas máquinas diesel MAK tornara-se mais grave e audível. A partida estava oficialmente dada.
Lentamente, este gigante dos mares, que um dia quase se chamou de "25 de Abril", iniciou a sua viagem debaixo de um tempo cinzento, como que adivinhando o estado de Portugal em relação ao mar.
Tal como previsto, às 8h em ponto o piloto estava a bordo. Rapidamente soltaram-se as amarras, e lá o "Salinas de Aveiro" rebocou o Praia para meio do canal. O som profundo das duas máquinas diesel MAK tornara-se mais grave e audível. A partida estava oficialmente dada.
Lentamente, este gigante dos mares, que um dia quase se chamou de "25 de Abril", iniciou a sua viagem debaixo de um tempo cinzento, como que adivinhando o estado de Portugal em relação ao mar.
No Forte da Barra, já se avistava o Praia a navegar debaixo dum fumo negro de um navio de carga atracado no Terminal de Graneis Sólidos.
E para despedir, uma última fotografia.
Como costumo dizer, que corra tudo bem, que regressem com os porões cheios, e que não haja mais nenhum contratempo como em viagens passadas, porque afinal, isto é um navio de pesca, e não um navio de cruzeiros.
Espero que tenham gostado!
Até à próxima.
Como costumo dizer, que corra tudo bem, que regressem com os porões cheios, e que não haja mais nenhum contratempo como em viagens passadas, porque afinal, isto é um navio de pesca, e não um navio de cruzeiros.
Espero que tenham gostado!
Até à próxima.
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Imagens e textos protegidos pelos direitos do autor. Em caso de dúvida contacte-me.
© 2010 por Tiago Neves. Todos os direitos reservados.
Tiago,
ResponderEliminarBonito ver o PRAIA sobrevivente em mais uma largada para a faina. Só é pena terem-se esquecido de lhe lavar a cara, ficava mais limpo e atraente com uma boa pintura geral, como sempre se fazia antigamente. E já agora devia ficar bem com as novas cores do armador, casco cinzento, casario creme, etc....
Boas Luís,
ResponderEliminarÉ verdade, podia estar de cara lavada, até porque esteve bastante tempo aqui. Por acaso a nível de cores prefiro estas. Mas claro, é uma questão de gosto, até porque o casco pintado de preto, como um dos seus irmãos, é que ficava a matar.
Obrigado pela visita!