quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Praia de Santa Cruz de volta aos mares

Pouco passava das 6h30 da matina, quando no caís dos bacalhoeiros apenas o roncar da máquina de EB do Praia de Santa Cruz denunciava que era cedo de mais para as normais reparações no navio. A fraca iluminação à ré, bem como as vigias na zona da casa da máquina bem iluminadas davam outra vida ao velho navio, que com a ajuda da tripulação se preparava para regressar aos mares do Norte.

Não havia tempo a perder, por volta das 7h, na ponte, ligavam-se os computadores, bem como todos os sistemas de navegação, e aparelhos de comunicação VHF.



Minutos depois a calma acabaria, pois com a chegada da restante tripulação, as despedidas e arrumações de malas, o caís passaria a ser um local mais atribulado e carregado de emoções.

Tal como previsto, às 8h em ponto o piloto estava a bordo. Rapidamente soltaram-se as amarras, e lá o "Salinas de Aveiro" rebocou o Praia para meio do canal. O som profundo das duas máquinas diesel MAK tornara-se mais grave e audível. A partida estava oficialmente dada.

Lentamente, este gigante dos mares, que um dia quase se chamou de "25 de Abril", iniciou a sua viagem debaixo de um tempo cinzento, como que adivinhando o estado de Portugal em relação ao mar.

Navio Praia de Santa Cruz


Navio Praia de Santa Cruz

No Forte da Barra, já se avistava o Praia a navegar debaixo dum fumo negro de um navio de carga atracado no Terminal de Graneis Sólidos.

Navio Praia de Santa Cruz

E para despedir, uma última fotografia.

Como costumo dizer, que corra tudo bem, que regressem com os porões cheios, e que não haja mais nenhum contratempo como em viagens passadas, porque afinal, isto é um navio de pesca, e não um navio de cruzeiros.

Praia de Santa Cruz

Espero que tenham gostado!
Até à próxima.
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© 2010 por Tiago Neves. Todos os direitos reservados.

2 comentários:

  1. Tiago,

    Bonito ver o PRAIA sobrevivente em mais uma largada para a faina. Só é pena terem-se esquecido de lhe lavar a cara, ficava mais limpo e atraente com uma boa pintura geral, como sempre se fazia antigamente. E já agora devia ficar bem com as novas cores do armador, casco cinzento, casario creme, etc....

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  2. Boas Luís,

    É verdade, podia estar de cara lavada, até porque esteve bastante tempo aqui. Por acaso a nível de cores prefiro estas. Mas claro, é uma questão de gosto, até porque o casco pintado de preto, como um dos seus irmãos, é que ficava a matar.

    Obrigado pela visita!

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