Barcos do Museu é uma exposição representativa das principais famílias de barcos que habitam nas coleções do Museu Marítimo de Ílhavo.
Os museus que falam do mar invocam a maritimidade de modos muito diversos. Mas é através dos barcos que guardam que os museus mais exprimem os múltiplos sentidos da identidade marítima. Ser do mar é senti-lo por conhecimento de experiência, gravando no corpo as proporções de um barco, de um apetrecho ou aparelho de caçada. Podemos ser do mar, também, se com ele construímos afiliações emotivas baseadas num sentimento estético ou resultantes do propósito racional de o decifrar e conhecer. Ser modelista ou artesão são coisas distintas. Construir um modelo assente em rigor de medidas ou na memória de formas são maneiras diferentes de ver e praticar o modelismo náutico.
O hábito ancestral de miniaturizar barcos e navios, prática que é hoje menos sagrada do que profana, supõe a necessidade de possuir um todo numa pequena porção de si; exprime o desejo de representar e ter um barco que só cabe no mar, mas que se procura reter em casa, na própria mão, ou no museu.
Barcos do Museu é uma exposição representativa das principais famílias de barcos que habitam nas coleções do Museu Marítimo de Ílhavo. Unidades em miniatura que resultam de doações de registo certo e incerto, muitas delas são modelos que remontam às origens do Museu, outras são de incorporação recente, fruto da reanimação da prática do modelismo náutico que o declínio das frotas de pesca e mercante acabou por gerar. Considerando os patrimónios do Museu e o território geocultural em que ele se insere, predominam as embarcações tradicionais da Ria de Aveiro. Outras se apresentam nesta exposição, incluindo as fluviais e estuarinas, além de alguns navios bacalhoeiros de pesca à linha.
Barcos do Museu é uma exposição celebrativa dos 75 anos de vida do Museu na medida em que convoca objetos de uma coleção que o tempo foi tecendo, entre a programação e o acaso. Num território onde a arte e o engenho modelistas sempre foram expressões contundentes da cultura do mar, esta exposição também significa uma homenagem a todos quantos deram ao Museu barcos que fizeram para si.
Os museus que falam do mar invocam a maritimidade de modos muito diversos. Mas é através dos barcos que guardam que os museus mais exprimem os múltiplos sentidos da identidade marítima. Ser do mar é senti-lo por conhecimento de experiência, gravando no corpo as proporções de um barco, de um apetrecho ou aparelho de caçada. Podemos ser do mar, também, se com ele construímos afiliações emotivas baseadas num sentimento estético ou resultantes do propósito racional de o decifrar e conhecer. Ser modelista ou artesão são coisas distintas. Construir um modelo assente em rigor de medidas ou na memória de formas são maneiras diferentes de ver e praticar o modelismo náutico.
O hábito ancestral de miniaturizar barcos e navios, prática que é hoje menos sagrada do que profana, supõe a necessidade de possuir um todo numa pequena porção de si; exprime o desejo de representar e ter um barco que só cabe no mar, mas que se procura reter em casa, na própria mão, ou no museu.
Barcos do Museu é uma exposição representativa das principais famílias de barcos que habitam nas coleções do Museu Marítimo de Ílhavo. Unidades em miniatura que resultam de doações de registo certo e incerto, muitas delas são modelos que remontam às origens do Museu, outras são de incorporação recente, fruto da reanimação da prática do modelismo náutico que o declínio das frotas de pesca e mercante acabou por gerar. Considerando os patrimónios do Museu e o território geocultural em que ele se insere, predominam as embarcações tradicionais da Ria de Aveiro. Outras se apresentam nesta exposição, incluindo as fluviais e estuarinas, além de alguns navios bacalhoeiros de pesca à linha.
Barcos do Museu é uma exposição celebrativa dos 75 anos de vida do Museu na medida em que convoca objetos de uma coleção que o tempo foi tecendo, entre a programação e o acaso. Num território onde a arte e o engenho modelistas sempre foram expressões contundentes da cultura do mar, esta exposição também significa uma homenagem a todos quantos deram ao Museu barcos que fizeram para si.
Álvaro Garrido - Museu Marítimo de Ílhavo
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