Entrou no passado Domingo, por volta das 18h00, o navio de investigação "Noruega" que se encontrava já desde bem cedo ao largo.
O "Noruega" encontra-se a realizar pesquisas com a finalidade de estimar a distribuição espacial e a abundância de pequenos peixes pelágicos, nomeadamente a sardinha,
biqueirão, carapau e cavala.
Estas campanhas fazem parte do Plano Nacional de Amostragem Biológica
(PNAB) que é co-financiado pela União Europeia e em última análise dão
apoio ao sector das pescas e à gestão das pescarias.
O Noruega foi construído em Bergen, na Noruega, pois está claro, nos estaleiros Mjellem & Karlsen, em 01/09/1978, para Instituto Nacional de Investigação das Pescas. Curiosamente já teve como porto de registo a grande cidade de Aveiro, tendo recentemente mudado para Lisboa, aquando da última docagem na Navalrocha. Neste última docagem, quando já se falava no seu abate e compra de um substituto, o "Noruega" viu o nome do seu instituto alterado, tendo sido alvo também de beneficiações, por forma a manter a sua operacionalidade.
Não esquecer que este navio foi financiado pela Noruega, país que curiosamente dispõem também de um navio semelhante, construído em 1980, ainda a operar, o "Håkon Mosby". Não é, no entanto, o mais moderno, pois o imponente "G.O. Sars" cumpre essa função, acompanhado por mais 4 navios de dimensões aproximadas, mas mais antigos.
Contudo, para Portugal. este navio é o maior, no que à investigação das pescas diz respeito, que dispomos até ao momento, e o segundo, num total de navios dedicados a este tipo de investigação.
É bom ver estes navios operacionais, e a cumprirem a sua função. Não é vergonha nenhuma operar um navio com 35 anos, vergonha é não saber aproveitar e estimar estes navios que com o devido cuidado, ainda têm muito para dar num país com 17 vezes mais mar que terra.
Seria interessante, como é óbvio, investir num navio mais moderno, ou com melhores capacidades, para que a tão necessária investigação das pescas, não fique deixada ao acaso. Vamos ver o que o futuro nos reserva.
Foi falha minha, ou não existem informações sobre este navio no site do IPMA? Estranho...
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